Monge é um tipo de fiscal da natureza?


Quando se fala em vida monástica, o que lhe vêm à mente? Homens que passam os dias passeando despreocupados pelos jardins, rezando, entoando cânticos gregorianos, bebendo vinho… E é só. Ê vidão! O que quase ninguém diz é que os monges católicos estão entre os grandes construtores da civilização ocidental.

O mundo deve aos monges copistas a preservação dos textos da Grécia Antiga. Sem eles, os professores ateus e anticatólicos que tanto vilipendiam a Igreja não teriam sentido nem de longe o cheiro dos textos de Platão, Aristóteles, Pitágoras e outros grandes pensadores gregos. Durante os primeiros séculos da Idade Média, as tribos bárbaras, ainda não cristianizadas, invadiam as cidades e, muitas vezes, destruíam tudo o que viam pela frente, inclusive as bibliotecas. Com o seu zeloso trabalho de cópia manual e preservação dos escritos, os monges nos legaram não só os clássicos antigos, mas também a Bíblia.

Após a queda do Império Romano, o caos e a miséria ameaçaram a Europa. Com o seu duro trabalho braçal, os monges – especialmente os beneditinos – transformaram brejos em terras férteis e introduziram uma variedade de grãos e novas técnicas agrícolas (como a roda hidráulica e os moinhos de vento). Por isso, muitas cidades se desenvolveram em torno dos monastérios.

Durante o reinado do imperador católico Carlos Magno (768-814), a Europa experimentou um notável desenvolvimento cultural. Incrementando o número de escolas nos mosteiros, conventos e abadias, Carlos Magno promoveu a instrução aos leigos por parte da Igreja. Estas escolas monásticas foram a semente da criação das universidades.

Até aqui, falamos somente das colaborações monásticas à sociedade leiga no campo material (de forma muito incompleta e sucinta, é bom salientar). Mas tesouro mais valioso que eles nos legaram e continuam a nos legar com sua vida de oração e penitência é invisível e incalculável.

Deseja saber mais sobre o assunto? Leia Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental, de Thomas Woods Jr. – Editora Quadrante.

Fonte: O Catequista

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