Os Santos e o Gênio da Lâmpada

E aí Povo Católico!  Você já esfregou o pé de um santo pedindo milagre? Já arrancou o Menino do Santo Antônio e o escondeu até casar?  Já colocou ele de cabeça pra baixo em um copo d’água?  Já pediu pra São Longuinho procurar suas coisas?  Se respondeu sim para qualquer uma destas perguntas, está na hora de rever seus conceitos…


O problema não é pedir… afinal, os santos intercedem mesmo.  Mas, infelizmente a maioria dos católicos trata os Santos como se fossem a Lâmpada de Aladim: esfrega, faz um pedido e fica esperando a mágica acontecer.  Mas não foi pra isso que a Igreja investigou a fundo tantas vidas heroicas e as colocou diante de você!  Foi pra coisa muito melhor: ser exemplo!  Ih… catequista… explica isso aí.  Vamos lá…

Antes de tudo, vamos entender o que quer dizer “Santo”.  Quando não estamos doentes, estamos… sãos!  Olha só!  São = Santo = Pessoa Sadia, que dentro do nosso contexto religioso quer dizer: Aquele que tem o Espírito Sadio!!!! Ou seja, quando nós estamos totalmente voltados para Deus e não com o espírito doente, tomado pelo pecado e pelo esquecimento Dele! Entendeu?  Ok… vamos ao próximo tópico.

Entendemos o que significa santo, mas o que é SER santo?  É VIVER a vida em comunhão com os ensinamentos de Deus, colocando Ele no centro de todas as coisas dentro do cotidiano.  Pode parecer pouco, mas não é… não estamos acostumados, por exemplo, a viver Deus no trabalho, ou no colégio, ou na faculdade, ou no futebol com os amigos, ou tomando cerveja no happy hour de sexta-feira.  Nestes momentos gostamos de esquecer que Ele existe e nos lembramos sempre que vamos rezar ou pedir alguma coisa.  Pois SER SANTO é TENTAR não esquecer Dele em tempo algum… TENTAR?  É… quem mais tenta, mais consegue… ninguém é perfeito, nem os Santos!

hmmmm… agora você deve estar pensando: “Mas que isso! Herege! Os Santos são perfeitos!”.  Antes de acender a tocha, fique sabendo que não são não… os Santos são EXEMPLOS de pessoas que buscaram a perfeição e, por isso, se aproximaram muito dela.  Mas são humanos como eu e como você… cometeram inúmeros erros e pecados, mas sobretudo, foram fiéis ao chamado de Cristo e buscaram a perfeição EM TODOS OS ASPECTOS DA VIDA.  Isso é SER SANTO.  A única realmente perfeita foi Nossa Senhora porque recebeu a graça de nascer sem o Pecado Original.  Os outros eram como você.

Opa!!! Agora você está se perguntando: “Então eu posso ser Santo?“.  Claro que pode! E não precisa (aliás, não deve) esperar morrer pra isso.  Quem é santo, é santo em vida! Depois de morto já era… não dá mais tempo.  A Igreja apenas RECONHECE a santidade através dos feitos em vida da pessoa, e através de dois sinais que são pedidos a Deus para que Ele garanta que esta pessoa é digna de ser posta como EXEMPLO para todo o povo católico.

Enfim… pra fechar, você já deve ter percebido qual é a função principal dos Santos.  A Igreja reconhece vidas santas para que elas nos inspirem a buscar a perfeição.  São grandes exemplos a serem seguidos!  Não são amuletos pra esfregar… As imagens são como fotos de pessoas queridas.  Estão ali para lembrar o povo a que você pertence e a grandeza do seu destino! Não é pra você afogar em um copo d’água…

Ou seja, da próxima vez que você vir a imagem de um Santo, olhe para ele e diga a si mesmo: “Este homem/mulher era pecador como eu, limitado como eu, um humano como eu.  Se ele conseguiu ser digno dos céus… eu também posso! E devo começar esta jornada AGORA!“.

Então, o que você ainda está fazendo parado aí?  Estude a vida dos santos, veja que exemplo eles lhe dão e MÃOS A OBRA, porque a fé sem obras é morta e a primeira tem que ser na sua própria vida!

Fonte: O Catequista

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