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Bento XVI poderia participar da canonização de João Paulo II e João XXIII


O diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, anunciou nesta manhã (30/092013) que o Bispo Emérito de Roma, Bento XVI, poderia participar da cerimônia de canonização dos Beatos João Paulo II e João XXIII, que presidirá o Papa Francisco no próximo dia 27 de abril, o segundo domingo depois da Páscoa, festa da Divina Misericórdia.


Durante a conferência de imprensa celebrada hoje no Vaticano, o Pe. Lombardi indicou que não está excluída a participação do Bispo Emérito de Roma, porque "não há motivo legal ou doutrinal pelo qual Bento XVI não possa participar de uma cerimônia pública".

O Pe. Lombardi explicou que o Papa Francisco escolheu a data de 27 de abril devido à devoção de João Paulo II pela Divina Misericórdia e porque sua beatificação também se realizou na mesma festa, que em 2011 caiu no dia 1º de maio.

Além disso, expressou que se espera a participação de um grande número de peregrinos, já que "ao ser o segundo domingo depois Páscoa será a melhor ocasião do ano para que os peregrinos que queiram possam chegar a Roma".

"Na entrevista no voo do Rio, o Papa teve umas palavras espontâneas e simpáticas sobre ambos os Papas, e definiu João Paulo II como um grande missionário como São Paulo, e disse que celebrar ao mesmo tempo estas canonizações deve ser um sinal para a Igreja de apreciar a santidade destes papas testemunhas dos nossos tempos ligados de diferentes maneiras ao Concílio Vaticano II", concluiu o Pe. Lombardi.

Seria uma cerimônia de canonização sem precedentes para a Igreja: o Papa Francisco; que estaria acompanhado de seu antecessor, Bento XVI; canonizará ao iniciador do Concílio Vaticano II, o Beato João XXIII; e ao amado Beato João Paulo II, o chamado Papa peregrino.

Fonte: ACI Digital

Bento XVI curou-me de um tumor, diz jovem


Um jovem norte-americano de 19 anos assegura que foi curado de um tumor no tórax graças à oração de Sua Santidade, o Papa emérito Bento XVI. Peter Srsich é universitário do estado do Colorado e visitou o Santo Padre durante uma audiência geral, no ano passado. Depois de contar ao Papa sua história, ele recebeu a imposição das mãos justamente em seu peito, onde se encontrava o seu linfoma.


Peter tinha 17 anos quando lhe diagnosticaram, após um exame de radiografia, um tumor no tórax. "Fizemos nele um exame de raios-x e este revelou um tumor das dimensões de uma bola de softball no tórax", afirmou a mãe do jovem, Laura Srsich. "O diagnóstico foi que ele estava no quarto estágio do linfoma de Hodgkin."

A família Srsich recorreu ao tratamento do câncer em um hospital infantil do Colorado e, ao mesmo tempo, recebeu o apoio da fundação Make-a-Wish (que significa, literalmente, "faça um desejo"), que trabalha em cerca de 50 países do mundo ajudando crianças e adolescentes em dificuldades. "A primeira coisa que Peter disse foi: eu gostaria de me encontrar com o Papa em Roma", declarou sua mãe.

O seu desejo foi atendido em maio de 2012, quando Peter e sua mãe foram recebidos pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro, no Vaticano, durante uma audiência geral. "Quando me levantei para falar com ele, surpreendeu-me sua humanidade", conta Peter. "Foi uma experiência de humildade para mim ver como ele era humilde."

Ali, o Pontífice ouviu Peter, que lhe contou as circunstâncias de sua viagem e o drama pelo qual passava. Depois, o rapaz ofereceu ao Papa uma pulseira verde, na qual estava escrito: "Rezando por Peter". Em troca, o sucessor de São Pedro ofereceu-lhe uma bênção.

Para a família de Peter, não foi uma bênção qualquer. "Ele pôs sua mão justamente no tórax, onde estava o tumor. Não podia saber onde ele se encontrava, mas colocou sua mão justamente aí", conta Peter. Um ano depois, o jovem se encontra em perfeitas condições de saúde. No segundo ano da faculdade, ele espera poder tornar-se sacerdote.

Para Peter, a renúncia do Santo Padre só reforçou ainda mais a sua visão do encontro. Ele crê que Bento XVI colocou Deus e a Igreja acima de si mesmo e de suas exigências pessoais, um gesto de enorme humildade. "Sempre me lembrarei dele como um dos homens mais humildes do mundo e, em particular, pelo ato que acaba de cumprir", disse Peter.

Carta aberta a Bento XVI



Publicamos a seguir uma carta aberta ao Papa Bento XVI. A carta foi escrita por Ivan Quintavalle (Estudante, I Ciclo di Teologia) e publicada originalmente em “Notizie dalla Santa Croce”, informativo da Pontificia Università della Santa Croce – Roma.

***

Meu doce Bento, são dias estranhos esses, sabe? Há uma estranha atmosfera por aqui.

A euforia é tanta, o mundo parece estar de repente em busca de conversão. Talvez seja mesmo assim, espero realmente que seja assim. No entanto, eu, eu não consigo estar contente.

Pouco importa. Mas eu tento entender o porquê.

Esta noite tentei deixar claro no meu coração. Infelizmente, não tendo a sua santidade, não posso viver tudo isso com a sua mesma paz de espírito.

Bem, na luta contra a insônia, eu entendi a razão para essa minha sútil tristeza. A principal causa do meu mau humor é a minha ingratidão. Talvez seja o mais óbvio mal de todos os homens, e é o mal que, mais do que todos os outros, me faz ser menos homem. Estamos tanto eufóricos nestes dias de recém-descoberta pobreza, que já não pensamos mais em você, que neste momento é o mais pobre de todos.

Você escolheu a solidão e o silêncio; você não ama mostrar a sua pobreza ao mundo. Porque você nunca quis alardear suas virtudes. Você pôs suas virtudes a serviço de todos nós e da Igreja de Cristo. Você exerceu suas virtudes de modo tão discreto e impessoal que não as fez parecer suas.

Como tenho sido ingrato e sem amor por você!

Eu duvidei de sua escolha, foi tentado por um momento a reconhecê-la como um ato de covardia. Mas, nestes dias brilham mais a sua grandeza. Na verdade, a fazem resplandecer, mas de uma forma invisível. Você, Santidade escolheu a ocultação, a clausura. Quanta grandeza, quanta coragem. Nenhum amor-próprio. Apenas a Cruz. E nós continuamos a fazer comparações. Fizemos-las com seu amado predecessor João Paulo II, enquanto você escrevia páginas memoráveis e ​​silenciosas do Magistério da Igreja. E as fazemos agora, enquanto você, com a sua ausência voluntária, escreve a sua encíclica mais bela: aquela sobre a humildade. Hoje é o seu onomástico, meu amado Bento. Por favor, perdoe-me por minha ingratidão, mas acima de tudo pela minha falta de fé.

Desejo-lhe dias felizes; eu vou me esforçar para ser um melhor filho de Papa Francisco, mais do que tenha sido de você.

Roma, 18 de março de 2013

Em Cristo,

Ivan Quintavalle (Estudante, I Ciclo di Teologia). 

Fonte: Zenit

Papa Francisco rezou com Bento XVI pela Jornada Mundial da Juventude Rio 2013



O Papa Francisco se encontrou ontem com o Bispo Emérito de Roma, Bento XVI, com quem rezou por sua próxima viagem ao Brasil em ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que se realizará no Rio de Janeiro e em que se espera a participação de 2,5 milhões de jovens de todo o mundo.

O Santo Padre também levou para Bento XVI o programa de sua viagem para que possa participar espiritualmente e acompanhar a transmissão do evento ao vivo.

O Papa Francisco se encontrou brevemente com seu predecessor no mosteiro Mater Ecclesiae, onde mora há alguns meses.

Bento XVI assegurou a Francisco suas orações e recordou com ele as intensas experiências das passadas Jornadas Mundiais da Juventude realizadas em Colônia (2005), Sydney (2008) e Madri (2011).

O encontro começou com um momento de oração na capela do mosteiro e logo prosseguiu com uma amigável conversa que durou aproximadamente meia hora.

Entre os grandes eventos nos que participará o Papa Francisco estão a Via-Sacra com os jovens, a Vigília de Oração no Campus Fidei de Guaratiba e a Missa de encerramento da JMJ. O Papa também visitará uma favela, um hospital e se encontrará com bispos da América Latina.

Fonte: ACI Digital

Headbangers de Cristo


É POSSÍVEL CONCILIAR O ROCK COM A FÉ CRISTÃ?

Yeah Católicos!!! Hoje vamos falar sobre Roooock! Hoje é o Dia Mundial do Rock e muitos católicos gostam de curtir esse estilo musical, aí vem a questão: será que um tipo de música com tantas temáticas antirreligiosas pode ser conciliada com a Fé Católica? A resposta não é fácil. E ser um headbanger de Cristo, também não.

A primeira coisa a se verificar é: qual é a posição oficial da Igreja sobre o assunto?  Com a palavra, ninguém menos que o Papa, em seus tempos de Cardeal Ratzinger:
“Rock é a expressão de emoções elementares, que nos festivais, assume características de culto.  Uma forma de culto que se opõe ao culto Cristão.  As pessoas são, por assim dizer, libertadas de si mesmas pela experiência de fazer parte da multidão e pelo choque emocional provocado pelo ritmo, barulho e efeitos de luz.”
O texto aí em cima é uma tradução livre de um trecho do livro “Introdução ao Espírito da Liturgia”, escrito por Bento XVI antes de ser Papa (não tem edição brasileira). Nele, nosso papitcho analisa se o rock serve para a Liturgia Católica, e a resposta é um rotundo NÃO. Até porque, entre outros motivos mais óbvios, a música litúrgica não deve ser tão “empolgante”, porque se corre o grave risco de ela virar o centro da Liturgia em lugar de Cristo – mas isso é outro post! Vamos aproveitar a argumentação do texto para analisar como nós devemos estar diante das músicas, das bandas e dos shows.

O rock é mais do que um ritmo, é um movimento que foi abraçado por muitos grupos ao longo da sua história, quase sempre com o intuito de se rebelar contra alguma coisa - às vezes até sem motivo nenhum! Justamente por isso, a religião foi um dos principais alvos de toda essa “perversão” e, assim, suas músicas e shows, em geral, estão completamente impregnados de atitudes antirreligiosas.

Nesse contexto, não é bacana que um católico – ou seja, um cara que é o rosto de Cristo no mundo – fique lá fazendo diabinho com o mindinho e o indicador (oh, quanta revolta!), enquanto cantarola “Simpathy for the devil” dos Rolling Stones ou grita a plenos pulmões o quanto é legal matar, cheirar, ou qualquer outra coisa nefasta… Muitas vezes sem sequer se dar conta do que se está dizendo!

Também não fica bem pra um discípulo do Senhor aplaudir freneticamente enquanto o vocalista da sua banda cospe, queima ou faz qualquer atrocidade com os símbolos sagrados (eles adoram fazer isso), ou simplesmente se põe a blasfemar e dizer impropérios contra a Fé…


A essa altura você deve estar pensando “puxa, mas é só um show. Não é nada demais!”. Bem, para o católico que verdadeiramente AMA a Cristo, é sim. Imagine-se em um show onde as músicas xingassem a sua mãe e uma enorme foto dela fosse queimada no meio do palco sob urros ensandecidos dos presentes. Seria “nada demais”?

Uma última reflexão: passada a empolgação dos shows e da música, o que você traz para a sua vida? Muitos levam o estilo a ferro e fogo, andando com símbolos profanos ou camisetas com algum tipo de agressão aos símbolos religiosos. Sem falar nos que imitam as atitudes agressivas que seus ídolos têm no palco. E aí, dá pra ser o rosto de Cristo assim?

Mas acalme-se. Antes de transformar seus CDs em freesbie, entenda que o ritmo em si não é o problema, mas todo o contexto que se criou em torno dele. Ou seja, tudo vai depender de como você age diante daquilo que ouve e daquilo que vê. E, principalmente como você traz essas mensagens para a sua vida e as transmite aos seus amigos e familiares. Em outras palavras: conciliar seu caminho de santidade com o rock não é impossível, mas vai exigir que você FILTRE bem o que você consome e os conceitos e valores que traz pra sua vida. Não é muito diferente de tantos outros desafios que nós cristãos enfrentamos no dia a dia.

O Ozzi devia andar com
gente menos barra pesada...
Óbvio que essas coisas acabam valendo para o POP em geral e até mesmo para outras manifestações artísticas (à exceção do Justin Bieber, que dá inferno direto, sem escalas). A grande mensagem é estar sempre com os OLHOS ABERTOS diante da realidade, avaliando tudo e ficando com o que é bom (1 Tes 5:21). E, citando mais uma vez São Paulo: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (1 Cor 6:12).

Agora vá escutar o seu rock e divirta-se muito, mas de olhos bem abertos! Abraços!

Fonte: O Catequista

Viva o Grande Bento XVI!



Um papa não exerce somente um cargo administrativo. Um papa é um pai. E é por isso que gostaríamos de lhe agradecer por ter sido nosso pai por todos estes oito anos. Um humilde pai da vinha do Senhor. Obrigado, Santo Padre. Estará sempre em nossos corações. Viva o Grande Bento XVI!

Deixe o seu agradecimento ao Papa nos comentários abaixo.

Jovens do mundo todo se reúnem em vídeo para homenagear Bento XVI


Faltam apenas 3 dias para o término do glorioso pontificado do Papa Bento XVI. Marcado para o dia 28 de fevereiro, o tempo de sede vacante terá início a partir das 20h - horário local. Enquanto a data não chega, milhares de católicos do mundo todo têm expressado sua gratidão ao Santo Padre por esses oito anos em que governou a Igreja.

Um grupo de fiéis católicos publicou no Youtube nesta quinta-feira, 21/02, um bonito vídeo feito por jovens de vários países, no qual eles homenageiam Bento XVI pelos inúmeros bens que ele fez à fé cristã. Intitulado de "Para um jovem de 85 anos", os jovens agradecem ao Papa por sua generosidade, por ter beatificado João Paulo II e por seu afeto e humildade. Os participantes também aproveitaram para agradecê-lo por suas viagens apostólicas a outras nações, principalmente em suas três Jornadas Mundiais da Juventude.


Bento XVI no último Angelus : “Não abandono a Igreja”


“Não abandono a Igreja, pelo contrário. Continuarei a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor”: palavras de Bento XVI pronunciadas em seu último Angelus como Pontífice.

Mais de 100 mil pessoas lotaram a Praça S. Pedro para este evento histórico. Faixas e cartazes em várias línguas demonstravam o carinho dos fiéis. Desde as primeiras horas da manhã, a Praça aos poucos foi sendo tomada por religiosas, sacerdotes, turistas, mas principalmente por famílias com crianças e muitos jovens.

Ao meio-dia, assim que a cortina da janela de seus aposentos se abriu, Bento XVI foi aclamado pela multidão.

Comentando o Evangelho da Transfiguração do Senhor, o Papa citou o evangelista Lucas, que ressalta o fato de que Jesus se transfigurou enquanto rezava: a sua é uma experiência profunda de relacionamento com o Pai durante uma espécie de retiro espiritual que Jesus vive sobre um alto monte na companhia de Pedro, Tiago e João.

Meditando sobre esta passagem do Evangelho, explicou o Pontífice, podemos tirar um ensinamento muito importante. "Antes de tudo, a primazia da oração, sem a qual todo o trabalho de apostolado e de caridade se reduz ao ativismo. Na Quaresma, aprendemos a dar o justo tempo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e de suas contradições." 

A existência cristã – disse o Papa, citando sua Mensagem para a Quaresma –, consiste num contínuo subir o monte do encontro com Deus, para depois descer trazendo o amor e a força que dele derivam, a fim de servir nossos irmãos e irmãs com o mesmo amor de Deus.

“Queridos irmãos e irmãs, esta Palavra de Deus eu a sinto de modo particular dirigida a mim, neste momento da minha vida. O Senhor me chama a 'subir o monte', para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, pelo contrário. Se Deus me pede isso, é precisamente para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual eu fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças.”
Na saudação em várias línguas, Bento XVI falou também em português: “Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo o Angelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos”.

Católicos de todo o mundo lançam campanha de agradecimento ao Papa Bento XVI no Twitter



Diversos fiéis católicos apresentaram a iniciativa de uma campanha massiva de agradecimento ao Papa Bento XVI na rede social Twitter, programada para em 27 de fevereiro, um dia antes de que se faça efetiva a renúncia do Santo Padre ao ministério petrino.

Quem deseje unir-se à campanha deste 27 de fevereiro poderão publicar no Twitter mensagens de apoio e agradecimento ao Santo Padre junto ao hashtag (etiqueta) #ObrigadoBentoXVI, com a expectativa de que se converta em trend topic (tópico tendência) na rede social.

A partir de 28 de fevereiro, conforme informou a Santa Sede, ao mesmo tempo da renúncia do Papa Bento XVI, as contas nove contas do Santo Padre, que incluem idiomas como o inglês, árabe, latim, italiano e espanhol (@Pontifex_pt), ficarão suspensas até a eleição do novo Papa.

Até a data, o Santo Padre superou os 2,8 milhões de seguidores nesta rede social e foi o primeiro pontífice a estar presente neste ambiente considerando as redes sociais como portais de verdade e de fé em sua última mensagem pela Jornada Mundial das Comunicações Sociais em janeiro deste ano.

Fonte: ACI Digital

Papa Bento XVI convida Igreja a superar "orgulho e egoísmo"


O Papa Bento XVI convidou neste domingo , 17, os membros da Igreja a superarem o “orgulho e egoísmo” nas suas vidas e pediu orações por si e pelo seu sucessor, a poucos dias de concluir o pontificado por ter apresentado a renúncia.

“Peço-vos que continueis a rezar por mim e pelo próximo Papa, bem como pelos exercícios espirituais, que vou começar nesta tarde com os membros da Cúria Romana”, disse o Papa, em espanhol, diante de aproximadamente 50 mil peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a recitação do Angelus.

Num dos últimos encontros com peregrinos antes de 28 de fevereiro, Bento XVI mostrou-se "profundamente agradecido" pelas “orações e apoio” que tem recebido por parte dos fiéis desde que apresentou a sua resignação, na segunda-feira, 11.

A tradicional catequese destes encontros de oração foi dedicada ao episódio do evangelho das “tentações” de Jesus, a partir das quais o Papa alertou para a necessidade de os católicos rejeitarem os apelos “do egoísmo e o orgulho, do dinheiro e do poder”.

“A Igreja, que é mãe e mestra, chama todos os seus membros a renovar-se no espírito, a reorientar-se decididamente para Deus, renegando o orgulho e o egoísmo para viver no amor”, declarou.

Bento XVI referiu que Jesus teve de “desmascarar e recusar as falsas imagens do Messias” que se revelavam também “falsas imagens do homem, que em todos os tempos seduzem a consciência, travestindo-se de propostas convenientes e eficazes”.

“Neste Ano da Fé, a Quaresma é um tempo favorável para redescobrir a fé em Deus como critério-base da nossa vida e da vida da Igreja. Isso comporta sempre uma luta, um combate espiritual”, acrescentou.

Segundo o Papa, o “núcleo central” das tentações consiste em “instrumentalizar Deus para os próprios fins” dando mais importância “ao sucesso e aos bens materiais”.

“Desta maneira, Deus torna-se secundário, reduz-se a um meio, torna-se definitivamente irreal, já não conta, desvanece-se. Em última análise, nas tentações está em jogo a fé, porque está em jogo Deus”, precisou.

A intervenção de Bento XVI deixou votos de que a Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa iniciado esta quarta-feira, seja para os católicos “caminho de uma autêntica conversão para Deus e tempo de partilha intensa” da fé em Jesus Cristo.

O Papa e os seus mais diretos colaboradores iniciam esta tarde uma semana de oração e reflexão, durante a qual são suspensos todos os compromissos públicos no Vaticano.

"Obrigado a todos vós", disse, em resposta aos aplausos das pessoas presentes na Praça de São Pedro.

O encontro serviu como momento de homenagem e saudação por parte da comunidade e da cidade de Roma ao Papa.

O próximo encontro de Bento XVI com os fiéis vai decorrer no dia 24, com a recitação dominical do Angelus, seguindo-se a última audiência pública do pontificado, dia 27 de fevereiro, iniciativa para a qual já estão inscritas 35 mil pessoas, segundo o Vaticano.

O último dia do pontificado, em 28 deste mês, inclui um encontro de despedida dos cardeais, pelas 11h00 (Roma), antes da partida em helicóptero, rumo à residência pontifícia de Castel Gandolfo, nos arredores de Roma, marcada para as 17h00.

Mensagem de Bento XVI para a Campanha da Fraternidade 2013

Queridos irmãos e irmãs,

Diante de nós se abre o caminho da Quaresma, permeado de oração, penitência e caridade, que nos prepara para vivenciar e participar mais profundamente na paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. No Brasil, esta preparação tem encontrado um válido apoio e estímulo na Campanha da Fraternidade, que este ano chega à sua quinquagésima realização e se reveste já das tonalidades espirituais da XXVII Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho próximo: daí o seu tema “Fraternidade e Juventude”, proposto pela Conferência Episcopal Nacional com a esperança de ver multiplicada nos jovens de hoje a mesma resposta que dera a Deus o profeta Isaías: “Eis-me aqui, envia-me!”(6,8).

De bom grado associo-me a esta iniciativa quaresmal da Igreja no Brasil, enviando a todos e cada um a minha cordial saudação no Senhor, a quem confio os esforços de quantos se empenham por ajudar os jovens a tornar-se – como lhes pedi em São Paulo – “protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna inspirada no Evangelho” (Discurso aos jovens brasileiros, 10/05/2007). É que os “sinais dos tempos”, na sociedade e na Igreja, surgem também através dos jovens; menosprezar estes sinais ou não os saber discernir é perder ocasiões de renovação. Se eles forem o presente, serão também o futuro. Queremos os jovens protagonistas integrados na comunidade que os acolhe, demonstrando a confiança que a Igreja deposita em cada um deles. Isto requer guias – padres, consagrados ou leigos – que permaneçam novos por dentro, mesmo que o não sejam de idade, mas capazes de fazer caminho sem impor rumos, de empatia solidária, de dar testemunho de salvação, que a fé e o seguimento de Jesus Cristo cada dia alimentam.

Por isso, convido os jovens brasileiros a buscarem sempre mais no Evangelho de Jesus o sentido da vida, a certeza de que é através da amizade com Cristo que experimentamos o que é belo e nos redime: “Agora que isto tocou os teus lábios, tua culpa está sendo tirada, teu pecado, perdoado” (Is 6,7). Desse encontro transformador, que desejo a cada jovem brasileiro, surge a plena disponibilidade de quem se deixa invadir por um Deus que salva: “Eis-me aqui, envia-me!’ aos meus coetâneos” - ajudando-lhes a descobrir a força e a beleza da fé no meio dos “desertos (espirituais) do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: (…) o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o é o Catecismo da Igreja Católica” (Homilia na abertura do Ano da Fé, 11/10/2012).

Que o Senhor conceda a todos a alegria de crer n’Ele, de crescer na sua amizade, de segui-Lo no caminho da vida e testemunhá-Lo em todas situações, para transmitir à geração seguinte a imensa riqueza e beleza da fé em Jesus Cristo. Com votos de uma Quaresma frutuosa na vida de cada brasileiro, especialmente das novas gerações, sob a proteção maternal de Nossa Senhora Aparecida, a todos concedo uma especial Bênção Apostólica
Vaticano, 8 de fevereiro de 2013

Benedictus PP. XVI

Fonte: Rádio Vaticano

Bento XVI exorta aos jovens a redescobrir a amizade com Cristo para transformar a sociedade


O Papa Bento XVI fez uma especial exortação aos jovens para que, neste Ano da Fé, as jovens gerações redescubram e fortaleçam a amizade com Cristo, para que dela brote a alegria e o entusiasmo para transformar a sociedade.

Assim o indicou nesta manhã o Santo Padre em seu discurso aos participantes na Assembleia Plenária do Pontifício Conselho da Cultura cujo tema é: "As culturas juvenis emergentes".

Bento XVI disse que "apesar de estarmos conscientes de muitas situações problemáticas, que também afetam a área da fé e os membros da Igreja, nós renovamos a nossa fé nos jovens, para reafirmar que a Igreja vê sua condição, sua cultura, como um essencial e inevitável ponto de referência para seu trabalho pastoral".

"A Igreja tem confiança nos jovens, ela espera neles e em suas energias, ela precisa deles e da sua vitalidade, para continuar a viver a missão confiada por Cristo com renovado entusiasmo. Espero sinceramente, portanto, que o Ano da Fé seja, mesmo para as jovens gerações, uma preciosa oportunidade para redescobrir e fortalecer nossa amizade com Cristo, que? traz alegria e entusiasmo para transformar profundamente culturas e sociedade".

O Santo Padre expressou logo sua esperança nos frutos desta Assembleia Plenária, para contribuir assim "ao trabalho da Igreja em relação à realidade juvenil; uma realidade complexa e uma das que não pode ser entendida dentro do contexto de um universo culturalmente homogêneo, mas em um horizonte que pode ser definido como "multiverso", que é determinado por uma pluralidade de visões, perspectivas e estratégias".

O Pontífice falou depois do "clima de instabilidade que afeta a esfera cultural, política e econômica" –recordando neste último a dificuldade dos jovens para encontrar trabalho– e que repercute no âmbito psicológico e relacional.

"A?incerteza e fragilidade que caracterizam tantos jovens frequentemente os empurra para as margens, tornando-os quase invisíveis e ausentes nos processos culturais e históricos das sociedades".

O Papa assinalou também que "as esferas sentimental e emocional, a esfera dos sentimentos, bem como a esfera corporal, são fortemente afetadas por este clima e tempestades culturais que se seguem expressas, por exemplo, em fenômenos aparentemente contraditórios, como o espetáculo da vida íntima e pessoal e relacionamentos íntimos e o foco individualista e narcisista sobre as necessidades e interesses pessoais. A dimensão religiosa, a experiência de fé e de membros na Igreja são muitas vezes vistas em uma perspectiva privada e emocional".

Entretanto, não faltam os dados positivos, como o voluntariado, "a sincera e profunda experiência de fé de tantos jovens garotos e garotas que alegremente dão testemunho da sua participação nos esforços da Igreja para construir, em muitas partes do mundo, sociedades capazes de respeitar a liberdade e a dignidade de todos, começando com os pequenos e mais indefesos".

O Santo Padre assinalou que "tudo isso nos conforta e nos ajuda a desenhar uma imagem mais precisa e objetiva das culturas juvenis.? Nós não podemos, no entanto, nos contentar com uma visão dos fenômenos da cultura juvenil ditada por paradigmas estabelecidos, que tornaram-se clichês, analisá-los com métodos que não são mais úteis, com ultrapassadas e inadequadas categorias culturais".

"Nós estamos, afinal, diante de uma realidade extremamente complexa, mas fascinante, que precisa ser bem entendida e amada com um grande espírito de empatia, cuja linha de fundo e desenvolvimento nós devemos compreender cuidadosamente".

Falando sobre os jovens do chamado "Terceiro Mundo", o Pontífice disse que com suas culturas e necessidades constituem "um desafio para a sociedade de consumo global, para a cultura de privilégios estabelecidos, que beneficia um pequeno grupo da população do mundo ocidental".

Em consequência, "as culturas juvenis, como um resultado, ‘emergem’ no sentido de que exibem uma profunda necessidade, um pedido de socorro ou mesmo uma "provocação" que não pode ser ignorada ou negligenciada, seja pela sociedade civil ou pela comunidade eclesiástica".

Bento XVI reiterou sua preocupação pela denominada "emergência educativa", a que acompanham outras emergências que afetam às diferentes dimensões da pessoa e suas relações fundamentais "como as dificuldades crescentes no campo de trabalho ou o esforço que é necessário para permanecer fiéis às responsabilidades que assumimos ao longo do tempo".

"Um empobrecimento, não somente econômico e social, mas também humano e espiritual poderia seguir, para o futuro do mundo e de toda a humanidade".

O Santo Padre alertou também que "se os jovens não mais têm esperança, se eles não mais progridem, se eles não mais se inserem em dinâmicas históricas com a sua energia, sua vitalidade, suas habilidades para antecipar o futuro, nós encontraríamos uma humanidade voltada para si mesma, sem confiança e uma perspectiva positiva para o futuro".

Fonte: ACI Digital

Como nascem os tweets do Papa?


"Quando nos entregamos totalmente ao Senhor, tudo muda. Nós somos filhos de um Pai que nos ama e nunca nos abandona". Foi  este o tweet enviado por Bento XVI nesta quarta-feira, 2 de Janeiro. Portanto, voltam os pronunciamentos por ocasião das Audiências Gerais.

O primeiro foi em 12 de dezembro de 2012, data histórica que marcou a estreia do Papa no mundo virtual com um tweet muito lido: "Queridos amigos, é com alegria que me uno a vós via Twitter. Obrigado pela vossa resposta generosa. Abençoo-vos a todos de coração".

O uso do novo meio de comunicação, através da conta @pontifex, foi um gesto explicado indiretamente durante a catequese daquele dia, na qual Bento XVI realçou que "Deus não saiu do mundo, não está ausente, não nos abandonou a nós mesmos, mas vem ao nosso encontro de vários modos, que devemos aprender a discernir".

"O Senhor vos abençoe e vos proteja no novo ano", pode-se ler no tweet de 1 de Janeiro que se refere às escrituras judaicas quer direta – "Te abençoe o Senhor e te proteja" (Números 6, 24)  – quer indirectamente, "«Deus tenha piedade de nós e nos abençoe, sobre nós faça resplandecer a sua face" (Salmos 67).

O presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, arcebispo Claudio Maria Celli, falou do modo como nascem os tweets de Bento XVI numa entrevista  concedida ao «Tgcom24». "Os departamentos específicos da Secretaria de Estado preparam um texto que o Papa deve aprovar. Nós pensamos e queremos firmemente que os tweets sejam realmente de Bento XVI», disse Dom Celli.

Respondendo às perguntas formuladas por Federico Novella e Fabio Marchese Ragona, o arcebispo realçou que "o Papa intervém nos textos". Dom Celli não esconde que os comentários aos tweets nem sempre foram positivos. "Chegou de tudo. Recebemos mensagens belíssimas, de jovens e menos jovens de vários continentes. Também mensagens irônicas, ofensivas e críticas. Mas confesso que para nós que vivemos neste contexto não foi uma surpresa. Estávamos plenamente conscientes do que teria acontecido: quando o Papa quer entrar em diálogo com o homem de hoje e pôr-se ao  seu nível, existem riscos que devem ser enfrentados e aceitos".

L'Osservatore Romano

Bento XVI terá conta oficial no twitter, confirma Santa Sé

A Santa Sé anunciou nesta terça-feira, 27, que o Papa Bento XVI terá uma conta oficial no twitter.

O lançamento será na segunda-feira, 3 de dezembro, às 11h30, (8h30 - horário de Brasília) na Sala de Imprensa da Santa Sé. Na  Coletiva, também serão apresentadas informações sobre o uso de novas mídias pelo Vaticano.

Participarão da apresentação o Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli; o Secretário do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Monsenhor Paul Tighe; o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Rádio Vaticano e Centro Televisivo Vaticano, Padre Federico Lombardi; o Diretor do jornal L’Osservatore Romano, Professor Gian Maria Vian; o consultor para a comunicação da Secretaria de Estado, Doutor Greg Burke.


Por enquanto não se sabe o nome da conta de Bento XVI e, embora seja pouco provável que ele escreva diretamente os tweets, ele os aprovará antes de serem lançados na rede, asseguraram fontes vaticanas.

Embora Bento XVI não navegue na internet, como revelou Lombardi, pede com frequência a seus colaboradores que realizem buscas pela rede.

O sumo pontífice, de quase 86 anos, não é novo no uso do Twitter, já que no ano passado inaugurou o portal multimídia de internet do Vaticano, "News.va", com uma mensagem através da rede.

"Queridos amigos, acabo de lançar o News.va. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Com minhas orações e bençãos", escreveu o papa na rede.

O papa está convencido de que a Igreja tem que usar todos os meios de comunicação a seu alcance para divulgar o Evangelho e em vários documentos, o último a mensagem enviada aos jovens por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, lhes disse que eles têm que usar a internet para apresentar Cristo ao mundo.

O Papa alenta a redescobrir a beleza da fé para testemunhá-la com coerência


O Papa Bento XVI alentou a redescobrir a cada dia a beleza da fé para testemunhá-la com a coerência da vida, para assim ser capazes de "preencher os anseios profundos da alma" das pessoas.

Assim o indicou o Santo Padre em seu discurso aos participantes do 23º Congresso Mundial do Apostolado do Mar, organizado pelo Pontifício Conselho para a Pastoral dos Emigrantes e Itinerantes que se realiza no Vaticano.

Recordando umas palavras que pronunciou na audiência geral do dia 10 de outubro deste ano, o Papa alentou aos presentes a que valorizem o Concílio Ecumênico Vaticano II, que é "como uma bússola que permite ao navio da Igreja avançar em mar aberto, em meio à tempestade ou em ondas calmas e tranquilas, para navegar segura e chegar à meta".


"Em particular, retomando o Decreto?Ad gentes?sobre a atividade missionária da Igreja, desejo hoje renovar o mandato eclesial que, em comunhão com as vossas Igrejas locais às quais pertencem, vos coloqueis na vanguarda na evangelização de tantos homens e mulheres de diversas nacionalidades que transitam em vossos portos".

Bento XVI alentou também a ser "apóstolos fiéis da missão de anunciar o Evangelho, manifestam a face solidária da Igreja que acolhe e se faz próxima também a esta porção do Povo de Deus, respondem sem hesitar ao povo do mar, que vos espera a bordo para preencher os anseios profundos da alma e sentir-se parte ativa da comunidade.".

"Desde o alvorecer do cristianismo, o mundo marítimo tem sido veículo eficaz de evangelização. Os Apóstolos e os discípulos de Jesus tiveram a possibilidade de andar em todo o mundo e pregar o Evangelho a cada criatura (cfr Mc 16,15) também graças à navegação marítima; pensemos somente nas viagens de São Paulo. De tal modo esses iniciaram o caminho para difundir a Palavra de Deus ‘até os extremos confins da terra’" (At 1,8).

O Papa disse logo que "também hoje a Igreja desbrava os mares para levar o Evangelho a todas as nações, e a vossa extensiva presença nas escalas pontuais do mundo, as visitas que faz cotidianamente em navios atracados nos portos e a acolhida fraterna nas horas de escala da tripulação, são sinais visíveis da preocupação com os que não podem receber uma assistência pastoral".

"Este mundo do mar, no contínuo peregrinar de pessoas, hoje deve levar em conta os complexos efeitos da globalização e, infelizmente, tem que enfrentar também situações de injustiça, especialmente quando as tripulações estão sujeitas a restrições para ir a terra, quando são abandonados junto com os barcos em que trabalham, quando caem sob a ameaça da pirataria marítima ou sofrem o dano da pesca ilegal".

O Pontífice indicou que "a vulnerabilidade dos marítimos, pescadores e navegantes deve tornar ainda mais atenta a preocupação da Igreja e estimular a materna assistência que, através de vós, manifesta a todos aqueles que vós encontreis nos portos ou nos navios, ou no serviço a bordo durante os longos meses de expedição".

O Papa se referiu aos que trabalham no setor da pesca e de suas famílias, sublinhando como esses precisam mais que outros encarar, "a dificuldade do presente e vivem a incerteza do futuro, marcado por efeitos negativos das mudanças climáticas e pela excessiva exploração dos recursos".

Igualmente assegurou a proximidade da Igreja aos pescadores, que buscam "condições de trabalho dignas e seguras, protegendo o valor da família, a proteção do ambiente e a defesa da dignidade de cada pessoa".

Para concluir o Santo Padre fez votos para que "cada um de vós possa redescobrir a cada dia a beleza da fé, para testemunhá-la sempre com a integridade da vida. A Santa Virgem Maria, Stella maris e Stella matutina, ilumine sempre a vossa obra de modo que os marítimos possam conhecer o Evangelho e encontrar o Senhor Jesus que é Caminho, Verdade e Vida".

No 23º Congresso sobre o Apostolado do Mar se trataram, entre outros temas, sobre o anúncio do Evangelho a um número cada vez maior de marítimos pertencentes às Iglesias Orientais, a assistência aos não cristãos e aos não crentes, e a intensificação da colaboração ecumênica e inter-religiosa.

Fonte: ACI Digital

Deixem-se atrair pelo Cristo Redentor, diz Papa em mensagem à JMJ


Foi divulgada nesta sexta-feira, 16, a Mensagem Papa Bento XVI para 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada no Rio de Janeiro de 23 a 28 de julho de 2013.

No texto, o Papa renova o convite aos jovens do mundo inteiro para que participem deste importante evento. “A conhecida estátua do Cristo Redentor, que se eleva sobre aquela bela cidade brasileira, será o símbolo eloquente deste convite: seus braços abertos são o sinal da acolhida que o Senhor reservará a todos quantos vierem até Ele, e o seu coração retrata o imenso amor que Ele tem por cada um e cada uma de vós. Deixai-vos atrair por Ele!”

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Dividida em oito pontos, a Mensagem ressalta que o ano de preparação para o encontro do Rio coincide com o Ano da fé, no início do qual o Sínodo dos Bispos dedicou os seus trabalhos "nova evangelização para a transmissão da fé cristã". “Queridos jovens, escreve o Papa, sejais envolvidos neste impulso missionário de toda a Igreja: fazer conhecer Cristo é o dom mais precioso que podeis fazer aos outros”.

Bento XVI reafirma a confiança que a Igreja deposita na juventude em todo o mundo, pedindo que os jovens coloquem seus talentos ao serviço do anúncio do Evangelho. Pedido que, para o Pontífice, assume uma importância especial os jovens da América Latina.

Citando a missão continental, que os bispos lançaram na V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, realizada em Aparecida em 2007, o Papa recorda que os jovens constituem a maioria da população no continente – o que representam uma força importante e preciosa para a Igreja e para a sociedade. “Por isso sede vós os primeiros missionários. Agora que a Jornada Mundial da Juventude retorna à América Latina, exorto todos os jovens do continente: transmiti aos vossos coetâneos do mundo inteiro o entusiasmo da vossa fé.”

O Papa pede que esse empenho missionário se manifeste em especial em dois âmbitos: o mundo da internet (o continente digital) e o campo da mobilidade. Quanto ao primeiro, Bento XVI exorta os jovens a apreenderem a usar com sabedoria este meio, levando em conta também os perigos que ele traz consigo. Quanto à mobilidade, o Pontífice recorda que hoje são sempre mais numerosos os jovens que viajam, seja por motivos de estudo ou de trabalho, seja por diversão. Mas também em todos os movimentos migratórios que levam milhões de pessoas, frequentemente jovens, a se transferir e mudar de região ou país, por razões econômicas ou sociais. Também estes fenômenos podem se tornar ocasiões providenciais para a difusão do Evangelho.

Bento XVI expõe três vias para que o coração humano chegue ao conhecimento de Deus


Em sua alocução depois da oração do ângelus desta quarta-feira, 14 de novembro, Bento XVI enfatizou que mesmo em um mundo secularizado como o atual ainda há vias que podem ajudar o homem a elevar-se ao conhecimento de Deus. O Papa destacou três destas vias: a criação, o próprio homem e a vida de fé. 

“Todavia há algumas vias que podem abrir o coração do homem ao conhecimento de Deus, há sinais que conduzem para Deus”, afirmou o Papa na sua catequese de hoje realizada na Sala Paulo VI.
“Certo, muitas vezes corremos o risco de sermos ofuscados pelo brilho do mundanismo, que nos tornam menos capazes de percorrer tais caminhos ou de ler tais sinais. Deus, porém, não se cansa de procurar-nos, porque nos ama”, destacou o Papa diante dos 9 mil fiéis e peregrinos reunidos em Roma para o encontro com o Sucessor de Pedro.

“Esta é uma verdade que deve acompanhar-nos cada dia, também se certas mentalidades propagadas tornam mais difícil à Igreja e ao cristão comunicar a alegria do Evangelho a cada criatura e conduzir todos ao encontro com Jesus, único Salvador do mundo. Esta, porém, é a nossa missão, é a missão da Igreja e cada crente deve vivê-la alegremente, sentindo-a como própria, através de uma existência animada verdadeiramente pela fé, marcada pela caridade, pelo serviço a Deus e aos outros, e capaz de irradiar esperança. Esta missão brilha, sobretudo, na santidade à qual todos somos chamados”, enfatizou Bento XVI.

“Hoje, o sabemos, não faltam dificuldades e provações para a fé, muitas vezes mal compreendida, contestada, rejeitada. São Pedro dizia aos seus cristãos: “Estejam sempre prontos a responder, mas com doçura e respeito, a quem lhe pede a esperança que está em vossos corações”. No passado, no Ocidente, em uma sociedade considerada cristã, a fé era o ambiente em que tudo acontecia; a referência e a adesão a Deus eram, para a maioria das pessoas, parte da vida cotidiana. Pelo contrário, aquele que não acreditava precisava justificar a própria descrença. No nosso mundo, a situação mudou e sempre mais aquele que crê precisa ser capaz de dar razão da sua fé”. 

Continuando seu discurso o Papa Bento recordou que “o século passado conheceu um forte processo de secularismo, em nome da autonomia absoluta do homem, considerado como medidor e artífice da realidade, mas empobrecido do seu ser criatura, “à imagem e semelhança de Deus"”. 

“Nos nossos tempos, verificou-se um fenômeno particularmente perigoso para a fé: existe, de fato, uma forma de ateísmo que definimos, precisamente, “prático”, no qual não se negam a verdade da fé ou os ritos religiosos, mas simplesmente são considerados irrelevantes para a existência cotidiana, destacados da vida, inúteis. Muitas vezes, então, acredita-se em Deus de modo superficial e se vive “como se Deus não existisse” (etsi Deus non daretur). No final, porém, este modo de viver resulta ainda mais destrutivo, porque leva à indiferença para com a fé e a questão de Deus”.

“Na realidade, o homem, separado de Deus, é reduzido a uma única dimensão, aquela horizontal, e este reducionismo é uma das causas fundamentais dos totalitarismos que tiveram consequências trágicas no século passado, bem como a crise de valores que vemos na realidade atual”, categorizou o Sumo Pontífice. 

“Diante deste quadro, a Igreja, fiel ao mandato de Cristo, não cessa nunca de afirmar a verdade sobre o homem e sobre o seu destino. O Concílio Vaticano II afirma sinteticamente: “A maior razão da dignidade do homem consiste em sua vocação à comunhão com Deus. Desde o nascimento, o homem é convidado ao diálogo com Deus: não existiria, na verdade, se não fosse criado pelo amor de Deus, por Ele sempre é conservado por amor, nem vive plenamente segundo a verdade se não O reconhece livremente e não se confia ao seu criador””. 

Sobre as vias que o homem moderno pode valer-se para chegar ao conhecimento de Deus, Bento XVI mencionou alguns caminhos, que derivam tanto da reflexão natural como da própria força da fé. 

“Gostaria de resumir para vocês muito sinteticamente em três palavras: o mundo, o homem, a fé”, disse.

“A primeira: o mundo. Santo Agostinho, que na sua vida procurou longamente a Verdade e foi agarrado pela Verdade, tem uma belíssima e célebre obra, na qual afirma: “Interrogue a beleza da terra, do mar, do ar rarefeito e em toda parte expandida; interrogue a beleza do céu..., interrogue todas estas realidades. Todos te responderão: olhe para nós também e observe como somos belos. A beleza deles é como um hino de louvor. Ora, essas criaturas tão belas, mas mudando, quem as fez se não um que é a beleza de modo imutável?”. (...)  “Uma primeira via, então, que conduz à descoberta de Deus é o contemplar com olhos atentos a criação”, explicou Bento XVI.

“A segunda palavra: o homem. Sempre Santo Agostinho, então, tem uma célebre frase na qual diz que Deus é mais íntimo a mim quanto o seja eu a mim mesmo. Daqui ele formula o convite: “Não ande fora de si, entre em si mesmo: no homem interior habita a verdade”. Este é um outro aspecto que nós corremos o risco de perder no mundo barulhento e distraído em que vivemos: a capacidade de parar e olhar em profundidade para nós mesmos e ler esta sede de infinito que trazemos dentro, que nos impele a andar além e refere-se a Alguém que possa preenchê-la”. 

“O Catecismo da Igreja Católica afirma: “Com a sua abertura à verdade e à beleza, com o seu senso de bem moral, com a sua liberdade e a voz do conhecimento, com a sua aspiração ao infinito e à felicidade, o homem se interroga sobre a existência de Deus”, explicitou.

Como última via, o Papa destacou a fé. “Sobretudo na realidade do nosso tempo, não devemos esquecer que um caminho que conduz ao conhecimento e ao encontro com Deus é o caminho da fé. Quem crê está unido a Deus, está aberto à sua graça, à força da caridade. Assim a sua existência torna-se testemunha não de si mesmo, mas do Ressuscitado, e a sua fé não tem medo de mostrar-se na vida cotidiana, é aberta ao diálogo que exprime profunda amizade para o caminho de cada uma, e sabe abrir luzes de esperança à necessidade de redenção, de felicidade, de futuro”, disse. 

“Na realidade, o fundamento de cada doutrina ou valor tem o acontecimento do encontro entre o homem e Deus em Cristo Jesus. O Cristianismo, antes que uma moral ou uma ética, é caso de amor, é o acolher a pessoa de Jesus. Por isto, o cristão e a comunidade cristã devem antes de tudo olhar e fazer olhar para Cristo, verdadeiro caminho que conduz a Deus”, concluiu o Santo Padre.

No final do seu discurso Bento XVI saudou em várias línguas os presentes, incluindo os peregrinos lusófonos:  “Queridos peregrinos vindos de diversas cidades do Brasil e todos os presentes de língua portuguesa: sede bem-vindos! Neste Ano da Fé, procurai conhecer mais a Cristo, único caminho verdadeiro que conduz a Deus, para poder depois transmitir aos demais a alegria desse encontro transformador. Possa Ele iluminar e abençoar as vossas vidas! Obrigado pela visita!”.

Fonte: ACI Digital

#Em que cremos



Deus colocou em nosso coração um desejo: procurá-Lo e encontrá-Lo. Santo Agostinho diz: "Tu criaste-nos para Ti e o nosso coração está inquieto até encontrar o descanso em Ti." A este desejo de Deus chamamos religião. A busca de Deus é natural na pessoa humana. Toda a sua aspiração pela verdade e pela felicidade é, no fundo, uma busca daquilo que a sustenta absolutamente, que a satisfaz absolutamente, que a torna absolutamente útil. Uma pessoa só está totalmente consigo quando encontrou Deus. "Quem procura a verdade procura Deus, seja isso evidente ou não para ela." (Santa Edith Stein) [YouCat 03]

Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. At 5, 31).

Papa Bento XVI - Porta Fidei