Jejuuuuua, Povo Católico!
Mentalize: "É POR TI JESUS, SÓ POR TI JESUS!" |
Muitos católicos, entretanto, não dão importância ao jejum e à penitência quaresmal. Acham que isso é “coisa do passado” e vivem este tempo sem alterar suas rotinas em nada. Mas pense: se você reconhece o Cristo como o Deus Vivo, como um amigo real e presente, faz sentido procurar prazer e divertimento em um período de luto pelas Suas dores?
A Tradição da Igreja ensina que, durante a Quaresma, é indispensável assumir atitudes de sacrifício, que nos preparam para celebrarmos dignamente a Páscoa. Em relação ao jejum, muitos se enganam ao pensar que se trata apenas de evitar ingerir carne ou reduzir a quantidade de alimentos. Na verdade, jejuar significa renunciar a alguma coisa que nos dá prazer.
PENITÊNCIA: VOCÊ ESTÁ FAZENDO ISSO ERRADO! |
Quando nos privamos de algo de que gostamos, podemos ver que somos capazes, com a graça de Deus, de controlar nossos apetites e dizer “não” a nós mesmos, sempre for preciso. Por meio do jejum, “treinamos” o nosso espírito ao desprendimento das coisas materiais: são coisas boas, que nos alegram, mas não somos dependentes delas; não são elas que dão sentido à nossa vida. Só Deus pode nos saciar!
O jejum também torna a nossa oração mais eficaz, pois nos ajuda a perceber melhor a nossa “fome de Deus”.
No Evangelho de Mateus, há um episódio que deixa isso muito claro: os discípulos, sem sucesso, tentaram curar um menino doente. Jesus, então, lhes dá a maior bronca, e cura Ele mesmo o menino. Intrigados, os discípulos perguntaram-Lhe a razão de terem falhado. O Senhor explicou que eles tinham pouca fé e, além do mais, “esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum” (Mt 17:20).
Vale lembrar que de pouco ou nada adianta fazer um jejum farisaico, formalista, sem desejar de fato colocar em prática os ensinamentos do Evangelho. O profeta Isaías abre os nossos olhos para isso:
“Passais vosso jejum em disputas e altercações, ferindo com o punho o pobre. Não é jejuando assim que fareis chegar lá em cima vossa voz.
“O jejum que me agrada porventura consiste em o homem mortificar-se por um dia? (…)
“Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? – diz o Senhor Deus: É romper as cadeias injustas (…), mandar embora livres os oprimidos (…). É repartir seu alimento com o esfaimado, dar abrigo aos infelizes sem asilo, vestir os maltrapilhos, em lugar de desviar-se de seu semelhante.” (Isaías 58,3-7)
Apresentamos a seguir algumas sugestões de atos de penitência para esses 40 dias:
- procure amenizar o sofrimento dos pobres e dos doentes (faça isso durante todo o ano, e tenha especial atenção agora);
- não coma nem beba nada que lhe agrade muito, ou ao menos reduza o consumo de alguma comida ou bebida favorita;
- evite ir a festas, eventos ou ambientes destinados à diversão;
- renuncie a um hábito que lhe satisfaça diariamente – exemplos: ver TV, ouvir música, jogar videogame etc;
- evite fazer compras só por vaidade.
Não exagere na sua penitência. Senão depois vai ficar matando cachorro (?) a grito! |
Viva cada dia da Quaresma como quem contempla o Senhor mortificado. Pratique o jejum com seriedade e boa-vontade e convide os seus amigos e familiares a fazer o mesmo.
Você verá que os frutos colhidos destes dias de penitência lhe trarão graças durante todo o ano, e a maior delas é amar ao Senhor de forma mais profunda; a segunda grande graça é viver todas as coisas – especialmente aquelas que nos satisfazem carnalmente – com mais sabedoria, liberdade e equilíbrio.
Para quem deseja saber mais sobre o significado do jejum, propomos um ESTUDO BÍBLICO (clique aqui para baixar) e um texto do saudoso JP II (veja o link abaixo).
Nota:
(1) Site do Vaticano. João Paulo II – Audiência Geral. 21/03/1979
Fonte: O Catequista
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