Headbangers de Cristo


É POSSÍVEL CONCILIAR O ROCK COM A FÉ CRISTÃ?

Yeah Católicos!!! Hoje vamos falar sobre Roooock! Hoje é o Dia Mundial do Rock e muitos católicos gostam de curtir esse estilo musical, aí vem a questão: será que um tipo de música com tantas temáticas antirreligiosas pode ser conciliada com a Fé Católica? A resposta não é fácil. E ser um headbanger de Cristo, também não.

A primeira coisa a se verificar é: qual é a posição oficial da Igreja sobre o assunto?  Com a palavra, ninguém menos que o Papa, em seus tempos de Cardeal Ratzinger:
“Rock é a expressão de emoções elementares, que nos festivais, assume características de culto.  Uma forma de culto que se opõe ao culto Cristão.  As pessoas são, por assim dizer, libertadas de si mesmas pela experiência de fazer parte da multidão e pelo choque emocional provocado pelo ritmo, barulho e efeitos de luz.”
O texto aí em cima é uma tradução livre de um trecho do livro “Introdução ao Espírito da Liturgia”, escrito por Bento XVI antes de ser Papa (não tem edição brasileira). Nele, nosso papitcho analisa se o rock serve para a Liturgia Católica, e a resposta é um rotundo NÃO. Até porque, entre outros motivos mais óbvios, a música litúrgica não deve ser tão “empolgante”, porque se corre o grave risco de ela virar o centro da Liturgia em lugar de Cristo – mas isso é outro post! Vamos aproveitar a argumentação do texto para analisar como nós devemos estar diante das músicas, das bandas e dos shows.

O rock é mais do que um ritmo, é um movimento que foi abraçado por muitos grupos ao longo da sua história, quase sempre com o intuito de se rebelar contra alguma coisa - às vezes até sem motivo nenhum! Justamente por isso, a religião foi um dos principais alvos de toda essa “perversão” e, assim, suas músicas e shows, em geral, estão completamente impregnados de atitudes antirreligiosas.

Nesse contexto, não é bacana que um católico – ou seja, um cara que é o rosto de Cristo no mundo – fique lá fazendo diabinho com o mindinho e o indicador (oh, quanta revolta!), enquanto cantarola “Simpathy for the devil” dos Rolling Stones ou grita a plenos pulmões o quanto é legal matar, cheirar, ou qualquer outra coisa nefasta… Muitas vezes sem sequer se dar conta do que se está dizendo!

Também não fica bem pra um discípulo do Senhor aplaudir freneticamente enquanto o vocalista da sua banda cospe, queima ou faz qualquer atrocidade com os símbolos sagrados (eles adoram fazer isso), ou simplesmente se põe a blasfemar e dizer impropérios contra a Fé…


A essa altura você deve estar pensando “puxa, mas é só um show. Não é nada demais!”. Bem, para o católico que verdadeiramente AMA a Cristo, é sim. Imagine-se em um show onde as músicas xingassem a sua mãe e uma enorme foto dela fosse queimada no meio do palco sob urros ensandecidos dos presentes. Seria “nada demais”?

Uma última reflexão: passada a empolgação dos shows e da música, o que você traz para a sua vida? Muitos levam o estilo a ferro e fogo, andando com símbolos profanos ou camisetas com algum tipo de agressão aos símbolos religiosos. Sem falar nos que imitam as atitudes agressivas que seus ídolos têm no palco. E aí, dá pra ser o rosto de Cristo assim?

Mas acalme-se. Antes de transformar seus CDs em freesbie, entenda que o ritmo em si não é o problema, mas todo o contexto que se criou em torno dele. Ou seja, tudo vai depender de como você age diante daquilo que ouve e daquilo que vê. E, principalmente como você traz essas mensagens para a sua vida e as transmite aos seus amigos e familiares. Em outras palavras: conciliar seu caminho de santidade com o rock não é impossível, mas vai exigir que você FILTRE bem o que você consome e os conceitos e valores que traz pra sua vida. Não é muito diferente de tantos outros desafios que nós cristãos enfrentamos no dia a dia.

O Ozzi devia andar com
gente menos barra pesada...
Óbvio que essas coisas acabam valendo para o POP em geral e até mesmo para outras manifestações artísticas (à exceção do Justin Bieber, que dá inferno direto, sem escalas). A grande mensagem é estar sempre com os OLHOS ABERTOS diante da realidade, avaliando tudo e ficando com o que é bom (1 Tes 5:21). E, citando mais uma vez São Paulo: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (1 Cor 6:12).

Agora vá escutar o seu rock e divirta-se muito, mas de olhos bem abertos! Abraços!

Fonte: O Catequista

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