"Quem não está comigo, está contra mim, e quem não ajunta comigo, espalha" (Lc 11,23).
O Senhor quer nos falar sobre a unidade. Ele nos quer um. E sabemos que o maior dom que Jesus pediu ao Pai no momento mais solene da sua vida, na Última Ceia, foi justamente: “Pai, que eles sejam um, como nós somos um”.
Na Trindade, há um jogo tão maravilhoso de forças que as três pessoas fortemente unidas se tornam uma. Para nós, é quase impossível criar a união uns com os outros. Então, pode surgir a seguinte pergunta: "Como é possível Jesus pedir que vivamos na unidade, sendo que, na realidade, isso dificilmente acontecerá? Por nossas falhas, defeitos e diferenças serem tão grandes, esta união é impossível". Por isso nossa unidade tem de ser realizada de outra maneira, que pode ser explicada por meio de um exemplo: numa das casas de encontros da Canção Nova há uma capela redonda, muito simpática. Seu telhado é especial justamente por causa do seu formato arredondado. Os caibros estão apoiados na parede e num toquinho redondo no centro da capela. Portanto, existe um jogo matemático de forças que sustenta todo o telhado, e o toquinho redondo é responsável pela sustentação de todos os caibros que mantém o teto. É algo bonito de se ver.
Somos assim com Jesus. Imagine que Jesus é uma pedra angular para onde todos convergem. Como pedras vivas, convergimos para Ele e nele nos apoiamos; deste modo, existe entre nós uma harmonia e uma maravilhosa firmeza. Agora, suponha que um dos caibros da capela não se apoiasse no toquinho central. Fatalmente ele cairia, romperia o equilíbrio do telhado e colocaria tudo em risco. Da mesma forma, quando não estamos apoiados em Jesus e unidos a Ele, rompemos primeiramente com Ele, comprometendo todos os outros.
Se os caibros da capela fizessem unidade entre si, nada aconteceria, seriam apenas um monte de caibros e nada mais. No entanto, ao se unirem com o toquinho central, conservaram sua maravilhosa unidade e juntos, numa grande harmonia, conseguem sustentar todo o telhado de forma muito artística. Nossa unidade tem que ser feita em Jesus, por isso, mandemos "às favas" as nossas diferenças. Assim, não podemos mais nos atentar às diferenças existentes entre nós, uma vez que elas realmente existem e são gritantes. Quando começamos a viver, seja num núcleo, célula ou comunidade, nossas falhas começam a ficar mais evidentes. Se quisermos fazer unidade apenas quando as pessoas não apresentarem mais nenhum defeito, jamais a construiremos.
O desejo de Jesus, portanto, não será realizado. A salvação do mundo, que depende da nossa unidade, não se realizará. Jesus ensina que nossa unidade não se baseia em nós mesmos, mas nEle. É nEle que precisamos nos apoiar, apesar de todas as nossas diferenças e decepções que causamos, para então podermos estar unidos.
Trecho do livro "Curados para amar" de Monsenhor Jonas Abib
O Senhor quer nos falar sobre a unidade. Ele nos quer um. E sabemos que o maior dom que Jesus pediu ao Pai no momento mais solene da sua vida, na Última Ceia, foi justamente: “Pai, que eles sejam um, como nós somos um”.
Na Trindade, há um jogo tão maravilhoso de forças que as três pessoas fortemente unidas se tornam uma. Para nós, é quase impossível criar a união uns com os outros. Então, pode surgir a seguinte pergunta: "Como é possível Jesus pedir que vivamos na unidade, sendo que, na realidade, isso dificilmente acontecerá? Por nossas falhas, defeitos e diferenças serem tão grandes, esta união é impossível". Por isso nossa unidade tem de ser realizada de outra maneira, que pode ser explicada por meio de um exemplo: numa das casas de encontros da Canção Nova há uma capela redonda, muito simpática. Seu telhado é especial justamente por causa do seu formato arredondado. Os caibros estão apoiados na parede e num toquinho redondo no centro da capela. Portanto, existe um jogo matemático de forças que sustenta todo o telhado, e o toquinho redondo é responsável pela sustentação de todos os caibros que mantém o teto. É algo bonito de se ver.
Somos assim com Jesus. Imagine que Jesus é uma pedra angular para onde todos convergem. Como pedras vivas, convergimos para Ele e nele nos apoiamos; deste modo, existe entre nós uma harmonia e uma maravilhosa firmeza. Agora, suponha que um dos caibros da capela não se apoiasse no toquinho central. Fatalmente ele cairia, romperia o equilíbrio do telhado e colocaria tudo em risco. Da mesma forma, quando não estamos apoiados em Jesus e unidos a Ele, rompemos primeiramente com Ele, comprometendo todos os outros.
Se os caibros da capela fizessem unidade entre si, nada aconteceria, seriam apenas um monte de caibros e nada mais. No entanto, ao se unirem com o toquinho central, conservaram sua maravilhosa unidade e juntos, numa grande harmonia, conseguem sustentar todo o telhado de forma muito artística. Nossa unidade tem que ser feita em Jesus, por isso, mandemos "às favas" as nossas diferenças. Assim, não podemos mais nos atentar às diferenças existentes entre nós, uma vez que elas realmente existem e são gritantes. Quando começamos a viver, seja num núcleo, célula ou comunidade, nossas falhas começam a ficar mais evidentes. Se quisermos fazer unidade apenas quando as pessoas não apresentarem mais nenhum defeito, jamais a construiremos.
O desejo de Jesus, portanto, não será realizado. A salvação do mundo, que depende da nossa unidade, não se realizará. Jesus ensina que nossa unidade não se baseia em nós mesmos, mas nEle. É nEle que precisamos nos apoiar, apesar de todas as nossas diferenças e decepções que causamos, para então podermos estar unidos.
Trecho do livro "Curados para amar" de Monsenhor Jonas Abib
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