Devido às informações que recebemos por meio de músicas, jornais, revistas, novelas, filmes e Internet, criam-se vários questionamentos no coração dos jovens, pois eles dão muito valor a tudo isso.
Porém, desprezamos com excessiva naturalidade a voz de Deus, que nos fala por meio de nossos pais, a quem as circunstâncias da vida proporcionaram experiências; por isso não temos o direito de desprezá-los em suas correções.
Deus utiliza-se de tudo para nos alcançar.
Quando Jesus andou na terra, percorreu cidades e aldeias pregando o Evangelho nas sinagogas, realizando curas e milagres, libertando o povo de todo mal e de toda enfermidade. Ele se compadecia. Compadecer-se é o mesmo que “sofrer com”. Era assim que Jesus se sentia ao ver a situação das pessoas. Ele sabia o quanto o povo precisava de cuidados.
”Vendo a multidão, Jesus ficou tomado de compaixão, porque estavam enfraquecidos e abatidos como ovelhas sem pastor” (Mateus 9, 36).
Talvez você nunca tenha ido a uma fazenda de recuperação de dependentes químicos; a uma casa de apoio ao portador do vírus HIV em fase terminal; a algum hospital do câncer; a um lar para idosos, ou nunca tenha feito uma refeição com os irmãos de rua debaixo da ponte. Jesus fazia isso sempre! Ele andava pelos lugares mais obscuros, especialmente por aqueles aos quais ninguém gostaria de estar.
O santo padre, o Papa João Paulo II, convoca-nos a “ser aquilo que devemos ser, assim, colocaremos ‘fogo’ no mundo inteiro” – como Sansão fez com as raposas que soltou no meio da plantação de trigo dos filisteus – e, portanto, deveríamos estar nesses lugares com este objetivo: incendiar, com o amor, os corações dos que sofrem.
Nascemos do sopro de Deus, por isso aceitamos o desafio de sofrer com os que sofrem, de experimentar a compaixão de Deus por eles, por meio de nós.
Os filhos de Deus estão perdendo a dignidade de filhos. Não temos tempo a perder ficando em casa de pernas pro alto, esperando que as situações mudem. A messe é grande, muitos estão se perdendo. É hora de ir ao encontro dos jovens, muitos precisam da nossa oração. Mas só conseguiremos dar os passos, vivendo a radicalidade das propostas de Deus para nós.
Dunga - Comunidade Canção Nova
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