“Ser casto significa ter uma atitude ‘transparente’ com relação à pessoa do outro sexo – castidade significa só isso”.
“A castidade é muitas vezes confundida com uma inibição ‘cega’ da sensualidade e dos impulsos físicos, de tal modo que os valores do ‘corpo’ e do sexo são reprimidos para o subconsciente, onde esperam uma oportunidade para explodir. Obviamente essa é uma concepção errada da virtude da castidade, a qual, se praticada somente dessa forma, cria de fato o perigo de tais ‘explosões’. Essa visão errônea da castidade explica a dedução comum de que seria uma virtude puramente negativa. A castidade, segundo essa visão, seria apenas um grande ‘não’. Enquanto que, na verdade, ela é um grande ‘sim’ do qual certos ‘não’ derivam como consequência”.
“A essência da castidade consiste na rapidez em afirmar o valor da pessoa em toda situação, e em alçar ao nível pessoal todas as reações advindas do valor do ‘corpo e do sexo’. Isso requer um esforço espiritual interior especial, pois a afirmação do valor da pessoa só pode ser produto do espírito, mas esse esforço é, acima de tudo, positivo e criativamente ‘vindo de dentro’, e não negativo e destrutivo. Não é uma questão apenas de ‘aniquilar’ sumariamente o valor do ‘corpo e do sexo’ na mente consciente reprimindo suas reações para o subconsciente, mas sim de uma integração sustentável em longo prazo; o valor do ‘corpo e do sexo’ deve se basear e estar implantado no valor da pessoa”.
“Apenas o homem casto e a mulher casta são capazes de amar verdadeiramente. Pois a castidade libera seu encontro, incluindo seu intercurso conjugal, daquela tendência de usar a outra pessoa”.
“… a castidade é uma conquista difícil, de longo prazo; deve-se esperar pacientemente para que dê seu fruto, pela ternura amorosa que deve trazer. Mas, ao mesmo tempo, a castidade é o caminho certo para a felicidade”.
Karol Wojtyla (Papa João Paulo II),
no livro “Amor e Responsabilidade” p. 169 a 172, edição em inglês.
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